ARMAZENE - Associação Brasileira de Armazenamento de Energia

Petrobras prevê investimentos de US$ 102 bilhões até 2028, sendo US$ 17 bi em refinarias

Divulgação Petrobras

Petroleira anuncia investimentos no valor de US$ 102 bilhões (cerca de R$ 500 bilhões) até 2028, e projeta um aumento de mais de 13% na produção de petróleo em cinco anos

A Petrobras anunciou seu Plano Estratégico 2024-2028, o primeiro desde a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da chegada do ex-senador Jean Paul Prates ao comando da empresa.

De acordo com esse novo plano, a Petrobras irá investir US$ 102 bilhões (aproximadamente R$ 500 bilhões) entre 2024 e 2028 - um aumento de 31% em comparação ao plano anterior, que previa US$ 78 bilhões (R$ 381,6 bilhões).

O aumento de 31% no Capex (dinheiro destinado a novos investimentos) está associado, principalmente, à introdução de novos projetos - incluindo potenciais aquisições - e à retomada de ativos que, antes, estavam em desinvestimento.

A companhia mostrou os pontos onde pretende crescer nos próximos anos, como a aceleração dos investimentos que privilegiem alternativas renováveis; transição energética, com energias de baixo carbono; aumento da produção e exploração de novas fronteiras; investimento em refinarias; e a parcela da Braskem que a estatal detém.

A Petrobras também prevê uma redução nos dividendos distribuídos a acionistas. No documento divulgado pela empresa, a projeção é que esses pagamentos totalizem, nos próximos anos, algo entre US$ 40 bilhões e US$ 45 bilhões (de R$ 195 bilhões a R$ 220 bilhões). O valor ainda pode incluir recompra de ações, com potencial para mais até US$ 10 bilhões (R$ 49 bilhões) de dividendos extraordinários.

O número representa uma queda de 30% a 35% na distribuição de dividendos a acionistas em relação ao observado no plano anterior, que valia para o período entre 2023 a 2027.

Com previsão de voltar a crescer no setor de combustíveis nos mercados nacional e internacional, a área de refinaria sofrerá uma majoração de 80% em seu crescimento - de US$ 9,4 bilhões no plano anterior para US$ 17 bilhões (R$ 83 bilhões) - incluindo refino, transporte e comercialização.

Serão feitos aportes em unidades que estavam programadas para venda no governo anterior, como a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), Refinaria Gabriel Passos (Regap), Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e a Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor).

Já em relação às unidades vendidas, como a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), Refinaria Isaac Sabbá (Reman), Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC) e a Unidade Industrialização de Xisto (SIX), a tendência é de que pelo menos a Rlam, da Bahia - hoje Refinaria de Mataripe -, e a RPCC, no Rio Grande do Norte, voltem em algum novo formato para a estatal, possivelmente por meio de parcerias, segundo informação divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Quanto à posição da Petrobras em relação à Braskem, a empresa anunciou que o novo plano estratégico inclui recursos para uma eventual aquisição de fatia da petroquímica. No momento, porém, ainda não há nenhuma decisão sobre o tema.