ARMAZENE - Associação Brasileira de Armazenamento de Energia

Sigma Lithium não será vendida, diz a CEO da empresa, Ana Cabral

Sigma Lithium/Divulgação

Diante das atuais condições de preço do minério, a prioridade será direcionada para a expansão de curto prazo

Com sede em Vancouver, no Canadá, a Sigma Lithium têm sua principal operação de mineração de lítio no Brasil, na Grota do Cirilo, região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

Em entrevista à agência Reuters, a CEO da Sigma Lithium, Ana Cabral-Gardner, informou que não venderá a empresa devido às atuais circunstâncias de mercado do lítio, e afirmou que expansão a curto prazo será a prioridade para o momento.

Ana Cabral informou à agência que, "com esses preços, não estamos vendendo. Estou construindo um negócio, por isso estou dobrando a capacidade", disse a executiva.



 Sigma Lithium/Divulgação

Desde o ano passado, diversos compradores estavam no páreo para adquirir a mineradora de lítio; entretanto, enquanto as negociações aconteciam, os preços do minério despencavam devido a algumas incertezas que ainda surgem quanto à viabilidade dos carros elétricos a curto prazo e por conta do avanço do mercado chinês.

Vinha da China, por sinal, o interesse da compra da operação da Sigma. Ana Cabral revelou que em julho passado o Bank of America e o BTG Pactual, que assessoravam a possível venda, promoviam reuniões com partes interessadas em adquirir a Sigma; empresa disse posteriormente que havia recebido propostas dos setores de energia, automotivo, baterias e refino de lítio.

Entre os prováveis players de olho na venda da Sigma estavam a chinesa BYD e a alemã Volkswagen. Segundo a agência Bloomberg noticiou em fevereiro deste ano, a Tesla, do megainvestidor Elon Musk, também era uma das interessadas na aquisição. Um quarto nome ventilado foi da LG Energy Solution. A companhia coreana já tem uma parceria com a empresa em Minas Gerais para receber um quarto da produção local.

A Sigma anunciou há alguns dias que planeja aumentar a produção para 520.000 toneladas por ano até 2025, em comparação com as 270.000 toneladas atuais, desembolsando US$ 100 milhões para adicionar uma segunda linha de produção em sua planta industrial Greentech no Brasil.