ARMAZENE - Associação Brasileira de Armazenamento de Energia

MME abrirá consulta pública para leilão de baterias

Alexandre Silveira discursa durante o evento "O Papel do Gás Natural em uma Transição Energética Sustentável, Acessível e Justa" promovido pela FGV - Divulgação

Certame para baterias deve ocorrer em 2025, após o leilão de reserva de capacidade

Daniel Cardozo

BRASÍLIA - O Ministério de Minas e Energia (MME) deve abrir nos próximos dias uma consulta pública para um leilão específico de baterias de armazenamento, disse o ministro, Alexandre Silveira (PSD), em entrevista nesta quinta-feira (12/9).

O certame deve ocorrer em 2025, após o leilão de reserva de capacidade (LRCAP), que era esperado para agosto, mas ainda não teve diretrizes definidas.

A intenção de realizar um leilão de baterias em 2025 foi adiantada em julho pela agência eixos.

"A finalidade do leilão de bateria é impulsionar a tecnologia de bateria no Brasil, é tentar trazer a Huawei e grandes outras produtoras de bateria, principalmente da China e outros países, para poder trazer tecnologia para o Brasil", disse o ministro.

Silveira afirmou que a o armazenamento pode potencializar a utilização de fontes não despacháveis, como as renováveis, levando os custos em consideração.

"A médio prazo, as energias intermitentes vão ser melhor acondicionadas nas baterias e vão diminuir o custo da energia. Mas o grande desafio é o planejamento. Nós não temos necessidade de ser açodados, para não onerar o consumidor", acrescentou.

Em relação ao LRCAP, o ministro informou que falta estabelecer sobre os montantes e fontes a serem contratados, mas prometeu novamente a realização do certame ainda este ano.

"É definir exatamente o tanto que a gente precisa. Quanto menos precisar, menos vai custar, de térmicas existentes, contratadas no sistema, e planejamento de térmicas novas".

A demora na publicação das diretrizes do leilão de potência gera preocupação no setor elétrico.

Horário de verão

Segundo Silveira, a volta do horário de verão pode ser uma das medidas incluídas no plano de contingência que está sendo elaborado para lidar com a seca no país.

"É uma possibilidade real, mas não é um fato, porque ele tem implicações não só energéticas, mas também implicações econômicas. Se for necessário, não tenho dúvida que nós voltaremos com o horário de verão", disse.

Representantes do MME e do Operador Nacional do Sistema (ONS) se reuniram nos últimos dias para tratar de um plano de contingência para os próximos meses

No momento, o país passa por um período de poucas chuvas e, a partir do fim do ano, terá que lidar com o aumento das temperaturas e, consequentemente, aumento das cargas de energia, devido ao maior uso do ar condicionado.

Eixos
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